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CORRUPÇÃO E POBREZAUm fator principalpor Phil Bartle, PhDtraduzido por Fátima GouveiaTexto para treinamentoComo a Caridade Causou um Aumento de CorrupçãoINTRODUÇÃO; A CONTRIBUIÇÃO DA DESONESTIDADE Na página Fatores da Pobreza , vimos que há cinco fatores principais. Entre eles, desonestidade, será nosso foco central aqui. Como a caridade contribui para a corrupção e como a corrupção contribui para a pobreza? CARIDADE ─> CORRUPÇÃO Corrupção, com vários nomes, tem uma história longa e nem um pouco honrada. Desde as primeiras cidades e reinos, funcionários públicos eram necessários à aristocracia. Geralmente os reis não tinham muito dinheiro em espécie e pagavam muito pouco em salários ou nada, e os funcionários públicos viviam (frequentemente com luxo), de subornos e extorsão. Assim, após 10 mil anos, vem a ajuda. Enormes quantidades de dinheiro que vem para um país, e devem ser manejadas pelos funcionários públicos. Ficamos surpresos quando é desviado? Há uma suposição informal que é seu direito tomar parte do dinheiro enquanto este é movimentado, e há tolerância por parte do governo anfitrião e das pessoas em relação aquilo que é, na verdade, um enorme roubo. Há também uma incrível tolerancia por parte das agências de ajuda. Isto está relacionado ao fato de serem pressionados a gastar seus orçamentos e não reportar a corrupção. Talvez pelo fato de o destinatário final ser o público, é interpretado como um crime sem vítimas. Talvez seja porque é visto como pertencente a estrangeiros ricos. Como a caridade contribui para a corrupção? Um lema e metáfora que usamos para transmitir a metodologia do emponderamento é "Se o treinador faz os exercícios, o atleta não ficará mais forte." Ficar mais forte requer empenho, esforço. Quando a ajuda chega muito facilmente, não é muito valorizada. Se quisermos que o dinheiro de ajuda seja usado corretamente para desenvolvimento sustentável, nós temos que nos esforçar para que o destinatários oficiais o recebam. Eles tem que investir seu tempo e esforço planejando seu uso. Algo que exige mais esforço do que faz agora. Eles precisam ser vigiados para que façam uso correto do dinheiro, e serem reportados à imprensa caso não o façam. A lei deve claramente assegurar que haja livre acesso a informação, e os veículos de comunicação encorajados a praticar um jornalismo investigativo. Agencias de ajuda competem entre si para terem projetos aprovados e gastar seus orçamentos. Os funcionários públicos do país que recebe sabem disso e usam isso para desviar dinheiro para uso pessoal. Estas questões aparecem porque o modo de fornecer ajuda é o de fazer caridade (algo de graça), ao invés de um modo que promova o desenvolvimento sustentável. CORRUÇÃO ─> POBREZA Certo, se a caridade promove corrupção, como a corrupção promove a pobreza? No trabalho escrito, os cinco fatores da pobreza, desonestidade é um dos cinco. Ênfase é dado em nível de comunidade. Aqui observamos em nível nacional, e diz respeito a maneira como a ajuda é distribuida. O desvio de fundos de ajuda em beneficio próprio é roubo. É um crime. A vítima é o país como um todo. Como foi explicado no módulo sobre crime, há um efeito mulltiplicador deste roubo. O roubo de uma quantia de dinheiro destinado ao público, na economia como um todo, pode resultar em uma perda oito vezes maior para a economia quando obtido pelo ladrão. Quando o dinheiro é gasto localmente, é novamente gasto pelo beneficiário. Se enviado ao estrangeiro é perdido pela economia. Dinheiro fraudulento enviado a uma conta bancária no estrangeiro beneficia o país deste banco, não o recipiente da ajuda. Quando o chefe de um departamento ou ministro, compra um automóvel esporte caro por 60 mil dolares, muito mais do que seu salário anual, os sessenta mil dolares beneficia o país onde o automóvel foi feito. Roubo no país como um todo não deve ser tolerado. Deveria ser visto e tratado como um crime capital, como traição. MUDANDO A ABORDAGEM DA CARIDADE Para acabar com o fator caridade (na ajuda), resultando em more corrução e um aumento da pobreza, é necessário buscar um modo diferente de fornecer ajuda. É inútil dizer que a caridade está causando um aumento da corrupção (portanto, pobreza), e que precisa parar; é necessário oferecer uma alternativa para preencher seu espaço. Ajuda precisa ser dada de modo que não contribua para o aumento da pobreza. Projetos de desenvolvimento precisam ser planejados para o desenvolvimento sustentável, com penalidades enunciadas no caso de não cumprimento, e uma possibilidade real desses projetos serem suspensos ou fechados. Isto significa mais ação no monitoramento e direção pelas agencias doadoras, o que em troca significa uma nova abordagem sobre orçamentos e um alinhamento diferente de gastos. Ambas a noção de "sem amarras", e a de "proporção baixa de custos administrativos para projetar custos de execução" são raras e precisam ser completamente repensadas. É preciso pagar o preço para assegurar que não haja corrupção e desvio de fundos, caso contrário se terá que pagar um preço muito maior pelo desvio de fundos. Deve-se abster da liberação da culpa em favor de um gerenciamento efetivo e transparente de fundos de doação. Este repensar e reestruturar tem implicações sérias tanto para o gerenciamento do doador quanto para o país recebedor, e um trabalho paralelo é apresentado aqui para ambos. Veja: Implicações para o Gerenciamento do Doador , e Implicações para o Gerenciamento do País Recebedor . CONCLUSÃO Para por um fim na corrupção, o resultado do modo caridade, contribuir para mais pobreza ao invéz de menos, não é uma mera questão de ajustar a maneira como as coisas são atualmente feitas. Uma transformação completa é necessária, e também um novo modo de pensar e fornecer ajuda. Frases antigas e gastas, agora tratadas como preceitos pela industria da ajuda, como por exemplo: baixo custo administrativo em relação a custo executivo, e sem amarras, precisam ser analisados cuidadosamente e descartados. Isto tem implicações gerenciais sérias para ambas organizações, doadora e receptora, o que está descrito mais minuciosamente em um outro documento. Simples, porém difícil. ––»«––© Direitos de autor 1967, 1987, 2007 Phil Bartle
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