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OS DEZESSEIS ELEMENTOS

do fortalecimento da comunidade

por Phil Bartle, PhD

traducido por Sam Mangeia

Apontamento da oficina de trabalho

Altruismo. Proporção ou grau com que indivíduos estão dispostos a sacrificar os seus próprios benefícios a favor do conjunto da organização (reflecte-se pelo grau de generosidade, humildade individual, orgulho comunal, apoio mútuo, lealdade, preocupação, camaradagem e irmandade).

Valores Comuns. Grau com que os membros da organização compartem valores em especial a ideia de que pertencem a uma entidade comum e que supera o interesse dos seus membros.

Serviços Comunais. Facilidades e Serviços (como sejam ruas, mercados , água potável, acesso á educação, serviços de saúde) sua manutenção (rigor da sua manutenção e reparação), sustentabilidade e o grau com que os membros da organização têm acesso a eles.

Comunicações. Dentro e fora da organização. A comunicação inclui ruas, métodos electrónicos (telefone, radio, TV, internet), meios impressos (periódicos, revistas, livros), redes, entendimento mútuo da lingua, conhecimento, o desejo e capacidade de comunicar (que implica tacto, diplomacia, desejo de comunicar para além de falar) em geral.

Confiança. Embora expressa de forma individual, Quanta confiança existe na organização como um todo? Por exemplo decidir a segurança com que a organização pode conseguir o que quer fazer, ex. Atitudes optimistas, boa disposição, auto- motivação, entusiasmo, optimismo, atitudes autónomas do que de dependência, desejo de lutar para os seus direitos, falta de apatia e fatalismo, visão das possibilidades.

Contexto (político administrativo). Um ambinte de suporte ao fortalecimento, que inclui aspectos políticos (valores e atitudes dos líderes nacionais, leis e legislação) e elementos administrativos (atitudes dos funcionários, técnicos, assim como regulamentos e procedimentos governamentais) e o ambiente legal.

Informação. Habilidade de processar e analisar informação, o nível de sensibilização, conhecimento, sabedoria dos indivíduos dentro do conjunto do grupo. Quando a informação é mais efectiva, e mais útil, não apenas em volume ou quantidade.

Intervenção. Qual é o grau e efectividade da animação (mobilização, gestão da formação, consciêncialização e estimulação) direcçionados para o fortalecimento da comunidade? As fontes externas e internas de caridade aumentam o nível de dependência e fraqueza da comunidade, ou criam um desafio para que a comunidade interage, portanto, tornar-se forte? A intervenção é sustentável ou depende de doadores que podem ter agendas e metas diferentes das da própria organização?

Liderança. Os líderes têm poder e habilidade de mover a organização; Quanto mais efectiva for a liderança, mais forte é a organização. A liderança mais efectiva e sustentável (organização e não somente os seus líderes) é a que opera seguindo as decisões e desejos do conjunto da organização para desempenhar o papel mediador e possibilitador. Os líderes devem ter habilidades, vontade e certo carisma.

Redes. Não somente “o que sabe” (know how), mas também, “a quem conhece” (know-who), pode ser uma fonte de força. Não se pode encontrar o trabalho somente com o conhecimento de como, o mais importante ainda é o conhecimento de quém. Até que ponto os membros da organização, especialmente os seus líderes conhecem pessoas (suas agências/organizações) que podem procurar recursos úteis que possam fortalecer a organização? Contactos úteis, mais e potentes que existam dentro da organização e com o exterior.

Organização. O grau com que diferentes membros da organização vêm em si mesmo como tendo um papel preponderante de apoio ao conjunto (a diferença de uma simples colecção de indivíduos separados) incluindo (em sentido sociológico) a integridade organizativa, estrutura, procedimentos, processo de tomada de decisões, efectividade, divisão de tarefas e complementariedade de papéis e funções.

Poder Político. O grau com que a organização pode participar na tomada de decisões ao nível distrital e nacional. De igual modo indivíduos dentro da comunidade têm diferentes níveis de poder, assim, as comunidades têm níveis de poder e influência variáveis dentro do distrito e da nação.

Habilidades. Habilidades demonstradas por cada indivíduo que contribuam para a organização da comunidade, sua capacidade de fazer andar o que pretende, habilidades técnicas, habilidade de gestão, organização e mobilização.

Credibilidade. O grau com que membros da organização crêm entre eles e especialmente os seus líderes e servidores, da comunidade, que em sua vez, reflecte o grau de integridade (honestidade, fiabilidade, abertura, transparência, credibilidade) dentro da comunidade.

Unidade. O sentimento compartilhado de pertencerem a uma entidade (decidir o grupo que compõe a comunidade), embora cada comunidade tenha divisões ou cismas (regligiosos, classe, status, ingresso, idade, sexo etnia e clã), o grau com que os membros da comunidade estão dispostos a tolerar as diferenças e variações entre eles, e o desejo de cooperar, trabalhar juntos, o sentido de visão de um propósito comum ou visão, valores compartidos.

Riqueza. O grau com que o conjunto da comunidade como um todo (ao contrário das diferenças dos indivíduos dentro dela), tem controlo do potencial de recursos e da produção e distribuição de bens úteis e serviços, monetários e não monetários (entre outros, trabalho, terra equipamento, fornecimentos, conhecimento e habilidades).

Quantomais a comunidade tiver qualquer um dos elementos acima, mais forte é, tem mais capacidade e mais potenciada. Qual é a nossa estimativa de mudança em cada um destes elementos?

Se bem que a estimativa destes elementos é subjectiva, deve ser feito muito esforço para assegurar que o sistema de medição seja o mesmo, para o momento actual, ano anterior e nos cinco anos passados.

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Última actualização: 01.12.2011