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 Medição do fortalecimento





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MÉTODOS PARTICIPATIVOS
PARA MEDIÇÃO DO FORTALECIMENTO

por Phil Bartle, PhD

traducido por Sam Mangeia


Notas do formador

Members of a community or organization are a good source of measuring it

Introdução:

A nossa meta é de que queremos fortalecer as comunidades. Como nós podemos saber se tivermos sucedidos, ou até que medida? Como podemos medir o fortalecimento das comunidades, através do incremento das suas capacidades, através da sua potenciação?

“Medição” e "Definição" estão estreitamente ligados um ao outro. Infelizmente não temos um pequeno metro electrónico que, quando se movimentar de 62 para 79, podemos dizer que a força foi incrementada em 17 pontos.

Os dezesseis elementos:

Podemos analisar o conceito de “força,” “poder” ou “capacidade,” tal como é aplicado para as comunidades, olha para os seus vários componentes, e identifique certas observações que possam-nos indicar que algum fortalecimento ou aumento da capacidade tenha tido lugar.

Os dezesseis elementos são: altruísmo, valores comuns, serviços comunais, comunicações, confiança, contexto, informação; intervenção; liderança; redes; organização; poder político; habilidades; credibilidade; unidade e riqueza.

Repare para os elementos da força da comunidade. Aqui, é feita uma descrição sumária de cada um deles.

Dificuldades de medição:

Os investigadores, não podem medir com precisão a mudança de níveis de força, recorrendo ao questionário. Eles podem melhor ser observados e verificados através de uma discussão orientada por um facilitador, o qual organiza uma reunão com todos os membros da comunidade, perguntando o grau com que os elementos acima tenham mudado.

A monitorização física da construção de uma clínica, é relativamente simples; eles podem reportar por exemplo, que a construção atingiu o nível da fundação ou das paredes. A monitorização da mudança dos níveis de força na comunidade, em contraste, significa realizar medição sociológica da mudança das características sociais da comunidade.

(O técnico do laboratório pode colocar o termómetro num paciente para determinar a temperatura, e terá resultados diferentes dos do médico se perguntar ao paciente, “como se sente?” e permitir que o paciente responda. O paciente não tem que entender os princípios do termómetro, mas, deve entender a pergunta feita pelo médico. Infelizmente, em sociologia os questionários são pouco objectivos ou precisos quando comparados com termómetros porque muitos respondentes ou entrevistados, não entendem a natureza do propósito do questionário, ou o que é que tentam medir, e não existe uma medição standarte universalmente aceite, como acontence com a temperatura).

Isto significa que os membros da comunidade devem estar informados sobre a meta do fortalecimento e os seus elementos (assim como os seus objectivos imediatos da construção da facilidade), e isto não pode ser feito apenas por investigadores.

É importante para a comunidade participar na avaliação do seu próprio fortalecimento, que é dado pelos elementos do fortalecimento. Assim, o facilitador deve explicar estes elementos à comunidade durante o processo de monitoria do incremento da sua capacidade.

Medição participativa:

É importante que a comunidade faça parte do processo de medição da força e avaliação do seu incremento. Quando-se constroi uma clínica, tem um objectivo limitado ou finito e é simples ver o ponto em que a construção está completa. Na medição da força ou capacidade da comunidade, a meta é aberta e fechada, não há um fim definido para o processo.

A comunidade por si (seus membros em grupo numa reunião, não apenas alguns indivíduos funcionais ou influentes) deve ser a principal fonte de avaliação se tiver havido incremento da força, qual (se algum) dos elementos acima contribui para o fortalecimento, e se continua a ser desejado pela comuinidade. Os métodos para gravar as observações da comunidade, devem ser diferentes dos de monitorização da construção das facilidades, versus, monitorização do fortalecimento da comunidade e por ela construido.

Os mobilizadores que organizaram a comunidade para se engajar nas actividades da sua própria ajuda, fizeram-na através do princípio de “facilitação, não provisão”. Este princípio que coloca toda a comunidade para tomar decisões em reuniões públicas, parece o método mais útil também para a monitorização do incremento da força da comunidade. A facilitação da monitorização pode ser feita pelos mesmos mobilizadores ou por outros familiarizados com a comunidade e sua história.

O ideal é que a comunidade como um todo se reuna anualmente, e orientada por um facilitador. O facilitador irá listar todos os elementos de fortalecimento, explicando quaquer que se mostre necessário. Daí, irão discutir o grau com que a comunidade mudou, partindo da última reunião da avaliação anual. Um relatório escrito sobre a discussão, providencia informação para ser interpretada como indicadores da dimensão do fortalecimento desde a passada discussão.

No mundo real, os facilitadores mudam, os membros da comunidade vão e vêm, nem todas as pessoas participarão nas reuniões, é impossível uma participação total, e muitas mudanças que ocorrem na comunidade afectam as percepções e valores dos membros. Espera-se que nos estágios iniciais por exemplo, os membros da comunidade estejam consciêntes da sua pobreza e consideram que a aquisição de recursos pelos doadores fora da comunidade visa aliviar a pobreza.

Nos últimos estágios, quando a os membros da comunidade ganham confiança, através de um engajamento com sucesso nas actividades de auto ajuda, eles poderiam não querer diminuir o desejo do donativo, mas tamém poderiam ver o valor da tomada de decisões dentro da comunidade, identificar e usar os recursos disponíveis dentro da própria comunidade.

O método:

Para iniciar o processo de monitorização do fortalecimento baseado na comunidade, deverá-se convocar um encontro com a comunidade, no qual deverá existir um facilitador e um relator. O facilitador pode começar recorrendo aos mesmos procedimentos usados na mobilização dos membros da comunidade. (As técnicas de mobilização começam com a organização da comunidade, perguntando sobre problemas prioritários, escrever as respostas no quadro e não se permitem críticas, quando se chega a um consenso, o facilitador transforma o “problema”, em “meta” prioritária da comunidade).

De igual modo, durante a sessão de monitorização, o facilitador descreve no quadro, ou no papel, individualmente os elementos de fortalecimento, pergunta aos membros da comunidade o grau ou extensão da mudança e coloca as respostas no quadro. O facilitador pergunta qual dos elementos mudou mais e qual o elemento que mudou menos e porquê. Todos os items são escritos no quadro pelo facilitador e o relator passa para o caderno, incluindo alguns detalhes que possam ter escapado no registo do quadro. As respostas serão movimentadas no quadro de modo a indicar o elemento que mais e menos mudou.

O facilitador tem por missão conseguir um consenso no seio dos membros no processo de avaliação. Se no passado houve mais do que uma sessão, é necessário determinar se a proporção da variação foi melhor na fase passada ou na fase em que a avaliação se refere. Assegure que todos os membros participantes no encontro estão informados sobre o significado de cada elemento de fortalecimento. Deve se preparar um relatório do encontro, o primeiro esboço do mesmo dia. Deverá ser revisto pelo relator e facilitador. Se houver tempo, o relatório pode ser mostrado a um membro para verificação. O relatório deve apresentar os elementos acima e os respectivos comentários (na forma narrativa) dos membros de comunidade à cerca de cada um deles. Será demonstrado que é difícil medir o grau da mudança, mas que haverá algumas variações de interpretação da natureza da mudança observada pelos membros da comunidade.

Faça uma reunião da comunidade (anualmente), similar à da reunião da mobilização. O facilitador faz a facilitação recorrendo a técnica adaptada de chuva de ideias. O ralator e facilitador tomam as notas das sugestões lançadas, no papel e no quadro, conforme o caso.

Depois da explicação de cada elemento, procure encontrar consenso do gurpo:

  • A presente força relativa
  • Mudanças ao longo dos doze meses
  • Mudanças nos quatro anos passados

Permita que sejam feitas diferentes interpretações, então, procure o consenso. Convide uma pessoa tímida e modesta para falar alto. Escreva os pontos mais importantes no quadro, enquanto o relator vai registando todos os detalhes.

Para tornar o processo simples, poderá precisar de usar os apontamentos de oficina de trabalho, formulário para medição do fortalecimento, no qual os participantes podem fazer as suas estimativas de força antes da sessão em grupo. O formulário, tem também secção, onde os participantes alfabetizados podem fazer as suas anotações com as suas próprias palavras, os factores que contribuem para estimar cada elemento. Estes podem ser todos lidos cuidadosamente depois da sessão.

Informação complementar:

Tomando formal, estéril, externalmente orientado, o princípio do questionário irá dar resultados incorrectos e distorcidos, porque os desenhadores da investigação e os entrevistadores têm de saber informação menos íntima sobre a comunidade, por causa da sua metodologia de “comprimento dos braços”. Os membros da comunidade, como também podem falsear a informação, tal como se sentem no centro de atenção chamados a fazer o seu “melhor” (como uma sessão de fotografia formal).

Tomando totalmente um princípio participativo, assim como recomendado acima, todavia, pode por si só resultar nalgumas parcialidade e distorções. Para balanciar, sugerimos que deve ser colhida uma informação complementar de cada um dos dezesseis elementos do fortalecimento da comunidade. Estes irão variar em função da informação disponível, a qual está relacionada com os níveis de força em cada um dos mesmos factores. Em geral, quanto mais forte for a comunidade, mais capacidade tem, mais informações estão disponíveis.

Também existem variações no grau com que diferentes factores se apresentam para se obter objectivo ou informação quantitativa. Altruísmo por exemplo, não é fácil medir, mas talvez pode ser complementado pelas observações sobre quantos indivíduos desejam doar algo que permita à comunidade angariar fundos, ou quantos residentes participam em actividades de trabalho comunal.

Os valores comuns poderão melhor ser registados através dos métodos participativos de investigação antropológica, poucas comunidades tem documentos escritos sobre os seus valores. Os serviços comunais, são mais fáceis de quantificar, se registar o número de clínicas, estradas, escolas, fontes de abastecimento de água e sistemas de saneamento. Neste domínio, torna-se mais fácil medir as mudanças ao longo de anos e décadas.

Comunicações, igualmente são fáceis de registar, se estiverem limitadas a um sistema computarizado, mas as habilidades de falar, escrever, ouvir, são mais de natureza sociológica. Confiança (comum e individual) igualmente é “fracamente” variável.

Contexto, pode ser analisado objectivamente, observando-se as leis, regulamento, instruções governamentais e linhas orientadoras, mas há um macio, relativamente às atitudes não escritas e práticas dos líderes e autoridades locais. A informação pode ser registada quantitativamente se se recorrer ao uso de computadores (similamente às comunicações). Intervenção, pode ser quantificada se houver um arquivo de informação sobre o número de trabalhadores que tenham realizado trabalhos de desenvolvimento comunitário. Estes registos podem ser mais difíceis para ONGs, do que para trabalhadores do governo, o oposto também pode acontecer, se as ONGs tiverem bons arquivos e os serviços oficiais não os tiver.

Liderança, pode ser quantificada através da lista dos líderes informais e formais, mas o grau de facilitação não pode ser objectivamente registado. Redes, similarmente podem ser registadas através de testes objectivos, fazendo uma lista de indivíduos poderosos que os membros da comunidade podem contar com eles, contudo, esta lista não irá medir o grau com que estes contactos são ou podem ser usados para a obtenção de recursos para comunidade.

Organização pode ser registada no sentido formal e comparar com os registos passados ou anteriores, para ver o sentido das alterações. Poder político, pode se medir no sentido formal mas (como na liderança) as variáveis qualitativas, como seja o grau de transparência e de resolução, estão fora do controle.

Habilidades, são mais fáceis de quantificar, no sentido formal, mas a lista de indivíduos formados com certas habilidades, não mostra o grau de dedicação, motivação ou dependência destes indivíduos que têm estas habilidades. Credibilidade, representada pelos valores e atitudes colectivos dos indivíduos da comunidade, são sociológicos ou fracamente variáveis, difíceis de quantificar objectivamente. (Os resultados de um processo participativo devem fornecer suficiente e consistente estimativa).

Unidade, igualmente, é o valor da comunidade expresso pelas atitudes dos indivíduos. Riqueza, até certa medida pode se medir objectivamente, contudo, muitos indivíduos não mostram desejo de revelar os seus rendimentos ou valor pessoal, ou não estão totalmente seguros do que têm. Além disso, é uma riqueza comum e não a soma de riqueza individual, que contribui para o fortalecimento, e a riqueza comunal pode ser registada na forma monetária (como o valor de mercado de uma clínica ou estrada).

Será tão difícil para os membros da comunidade como para investigadores de fora quantificar ou medir objectivamente qualquer nível estático de fortalecimento para qualquer um destes dezesseis factores. O método participativo, usando facilitador, envolvendo toda a comunidade na avaliação, torna-se mais válido e útil quando, na mesma sessão, o grupo faz a avaliação do nível actual, do ano passado, e passados cinco anos, será fácil que usar a mesma medida para cada ano.

Moldura de trabalho:

Utilize uma forma como esta. Desenhe por si mesmo para ajustar-se às suas condições e requisitos. Por favor nota que será necessário condensar para caber neste web sítio.

Conclusão:

Este não é um documento formal nem sufisticado de métodos de investigação (se bem que o seu autor tenha ensinado durante alguns anos, métodos de investigação no nível universitário de ciências sociais, na Europa, América do Norte e África), é uma parte destinada para formação de trabalhadores do campo engajados no fortalecimento da comunidade. Infelizmente, conceitos importantes tais como “fortalecimento da comunidade,”a nossa maior meta não é muito bem definida ou explicada.

Olhando para os dezesseis elementos e as pecularidades para a sua medição (por forma a avaliar se de facto estamos ou não a fortalecer comunidades), o mobilizador do campo, torna-se cada vez mais informado sobre as metas específicas do trabalho da comunidade, portanto, uma compreensão mais profunda sobre o seu trabalho. Esta é uma das razões porque é que se levanta esta questão, embora este livro esteja direcçionado primariamente para trabalhadores do campo, planificadores, administradores, coordenadores e gestores.

A maior tese deste módulo é que, de igual modo no auto fortalecimento das comunidades, a avaliação do fortalecimento das comunidades deve ser participativa. As habilidades do facilitador são melhor adaptadas à tarefa de avaliação e investigação da mudança social da comunidade.

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Última actualização: 01.12.2011

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