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Deuses II: Nansingpor Phil Bartle, PhDtraduzido por Leandro ChuNansing, um rio dentro de uma caverna A pequena e remota aldeia de Aboam, moradia de Nansing, a poderosa divindade protetora Nana Kofi Amoah, o chefe de Aboam Aboam não possui tamboretes de ancestrais, logo não existe cacique. Nansing é um rio dentro de uma caverna nos declives ao norte da escarpa Kwawu, de frente para as planícies de Afram. Há meio quilômetro se encontra a pequena aldeia de Aboam. As fazendas em volta de Aboam pertencem ao clã matriarcal Amoakade (Aduana) e são parentes do cacique de Obo. Ancião fazendo a libação com grogue quente ao deus Nansing na entrada da caverna Uma pessoa sozinha não pode simplesmente se tornar um כkomfo (sacerdote ou sacerdotisa). É preciso a ajuda de outras pessoas. Estas na foto, numa visita à caverna, fazem parte do séguito da sacerdotisa. Sua matrilinhagem ou abusua panyin é o nome dado ao ancião que faz a libação. O homem à esquerda é o Okyeame (porta-voz, conselheiro). Os dois meninos são tocadores de tamborete e ajudam à outras pessoas. A sacerdotisa precisa que toquem uma música para que, em público, ela seja possuída pelo deus, além de terem que ajudá-la a vestir as diferentes vestimentas dependendo de qual das cinco personalidades do deus a incorporar. A palavra kom em akan significa possessão ou transe. כkomfo é um sacedote(isa) de uma divindade protetora que será possuída por um deus que falará através dele(a) aos humanos. A possessão geralmente começa com um desmaio e, depois, como se fosse um ataque epiléptico. "Possessão" e "transe" são palavras que definem bem o processo. A palavra kom é um verbo que significa "possuir" e "ser possuído". Nana Adwoa, sacerdotisa do deus Nansing, em Aboam Adwoa, não possuída, vestida em duas das vestimentas das cinco personalidades de seu deus Linguist of Nansing Uma divindade protetora pode ter diversas personalidades. O Nansing tem cinco identificadas. Quando a mais velha delas possuir o médium (sacerdotisa), este se vestirá com uma saia feita de grama com conchas de cauri em seu cinto, e não falará twi, mas sim guan. Adwoa não pode falar guan em seu dia-a-dia. Já que o deus é um rio dentro de uma caverna, há um santuário numa sala dentro de um casebre em Aboam. Na maioria das moradias akan a porta possui uma cortina que, quando deixada aberta, provê privacidade e sombra. Dentro de salas dedicadas aos deuses — a cortina geralmente é branca — há um bastão ou altar, no qual são colocados partes de animais sacrificados, algumas frutas, ovos e outras oferendas aos deuses. Acima da porta há um aviso dizendo que aquela que estiver em período de menstruação não pode entrar. Toda moraria tradicional ou de tamborete possui um Onyame Dua (altar) Poucas moradias possuem dois bastões — um para o deus e outro para a divindade. A sacerdotisa age como conselheira para as pessoas em sua área Fertilidade Veja Deuses III: Saúde e fertilidade; Aprendiz Quando Abena teve o que parecia um ataque epiléptico seus pais a levaram a um antigo akomfo para determinar se ela estava doente — embora seu pai não fosse membro da matrilinhagem dela, ele fazia parte do processo de tomada de decisão. A anciã disse que a personalidade de um deus conhecido havia tentado possuir a Abena, mas sem sucesso, pois ela não estava preparada para isso. A anciã perguntou, então, se Abena (e sua família) aceitava se tornar uma כkomfo (possuído(a) = sacerdote(isa)) para aquele deus. Eles aceitaram. Ela deveria, portanto, se tornar aprendiz de um כkomfo determinado, aprender os costumes, os tabus daquele deus em particular, e como preparar seu corpo para receber o deus numa possessão ou trance (kom). Abena, aprendiz de Adwoa As anciãs recomendaram que Abena fosse enviada ao Adwoa para seu aprendizado. Então, após sacrificar uma ovelha para o deus do antigo כkomfo e uma para Nansing, Abena se mudou para a moradia de Adwoa, onde passou por três anos de aprendizado. Neste período, ela seria treinada por Adwoa, trabalharia como criada e assistente de Adwoa, evitaria o sexo e seguiria os tabus alimentícios e outras restrições tanto de Nansing (aquele que a recebia) como do deus que tentara possuí-la. Afahye para os deuses Em um Afahye para os deuses Numa pequena cidade perto de Aboam, o cacique celebra um afahye (festival) para os deuses. Ele está vestido de branco em honra ao festival. À sua frente estão duas sacerdotisas de deuses locais. Aquela com os olhos envoltos de branco é a כkomfo mais velha na área do cacique. Atrás do poste, à direita, está o porta-voz do Adwoa. À sua frente outra כkomfo, e na frente dessa está Abena, a aprendiz do Adwoa. Ela não entra num trance completo, mas sim em um meio estado de possessão na maior parte do festival. No dia anterior ao festival, Adwoa deve comer o mínimo possível de alimento para se preparar para a possessão ou trance. Sacerdotisa chefe possuída Adwoa possuída por uma das personalidades de Nansing Aqui estão alguns acólitos e criados de Nansing tocando os tambores dos deuses. O segundo homem da esquerda para a direita é o mesmo ancião na caverna na foto mais acima. Ele está tocando um dawuru. Na música akan, os tambores recitam uma poesia, mas não há um ritmo ou melodia em especial. O dawuru (como o sino pendurado no pescoço de uma vaca) é o que faz o ritmo. O homem à esquerda é o porta-voz do deus. O deus incorporado recebe todas as memórias da Adwoa durante o transe. Ao contrário desta, que não se lembrará de nada que acontecer neste período. O porta-voz deve dizer a Adwoa, após o término do transe, o que o deus fez e falou. Quando o transe ocorre dentro da moradia da Adwoa, ela não não precisa colocar as roupas especiais como àquelas usadas em um adae. Se alguém vai até a Adwoa suplicar por ajuda, e o deus concordar, este dará instruções à Adwoa para ir até a floresta e pegar certas ervas para a produção de um remédio para o suplicante. Quando o deus for embora, o porta-voz deve contar tudo àquela que estava possuída. Visita à Universidade Ainda na Universidade Após alguns dias, levei a Adwoa para a Universidade de Cabo Corso, onde eu lecionava. Então, ela amarrou seu mpesempese dentro de sua túnica de maneira que não dava para perceber. E depois tomamos chá.
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