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Deuses I: Divindades protetoras

por Phil Bartle, PhD

traduzido por Leandro Chu

Crianças de todos os deuses

As divindades protetoras, abosom, todas vistas como "crianças" ou extensões do Ser Supremo, são consideradas entidades que habitam montanhas, rochas, cavernas e rios. O significado da palavra abosom (כbo = rocha, som = carregar) não é muito claro, mas pode ser "dar suporte à uma rocha" ou "a rocha que dá suporte". É interessante, portanto, ver que quando o tamborete do ancestral é levado perante ao público, sempre é colocado em cima de algumas pedras no chão. Veja Ancestrais I.

O deus do tamborete em Obo chama-se Tano. Este nome veio com o clã matriarcal Amoakade de uma área no início do rio Tano, onde agora é a região de Brong Ahafo, no oeste de Gana, perto da fronteira com a cidade Côte d'Ivoire. Os tocadores de tamborete recitam um poema que diz: "O rio cruza o caminho. O caminho cruza o rio. Quem surgiu primeiro? O puro, puro Tano." Explicaram-me que os deuses (rios) chegaram aqui antes das pessoas (ancestrais).

Antes do povo akan, os guans habitavam este local. Eram patrilineares e seus caciques geralmente eram padres também. Durante uma batalha, somente alguns guerreiros foram mortos, e suas mulheres e crianças acabaram sendo integradas dentro da organização social dos akans, que preservaram os nomes e as práticas relativas aos deuses locais. O caráter e a moral são herdados do pai, já que cada deus originava-se de uma patrilinhagem distinta. Como qualquer função, tal como ser dono de um tamborete (cargo importante dentro da estrutura social oman, os deuses agora pertencem cada um à uma matrilinhagem diferente.

Alguns grupos recentes descendentes de clãs matrilineares, como o Ankobeahene de Obo, relatam que no início eles eram patrilineares, mas com a chegada dos akans, acabaram se convertendo de uma sucessão patrilinear e hereditária à matrilinearidade.

Rios e pedras

Rio sagrado Bosom Pra ao sul da escarpa Kwawu
(antes de fazer sua longa viagem por entre o Cabo Corso e a cidade de Takoradi)

Mesmo que as águas dos rios sejam avermelhadas devido ao óxido de ferro no solo, ainda são consideradas como a parte branca (límpida) do universo, como se observa em cachoeiras e nascentes. Três almas.

       

Nascente, cachoeira. Ben Ofori, geógrafo e ex-membro do Parlamento.

     

Rochedos, penhascos e cavernas rasas também são deuses

Buruku, o chefe entre os deuses kwawu


  

O chefe entre os deuses kwawu chama-se Buruku, no lado norte da escarpa. Um monte ilha

O monte ilha é o único traço que restou do antigo núcleo de um vulcão ativo, após a erosão de terra ao seu redor ao longo de um milênio. Sua imagem fálica é inconfundível.

From this shrine and field for Adae Kese, you can see the inselberg        Nana Burukung Komfo

Santuário do Deus Chefe, Buruku, em Kwawu Tafo


      

Acólitos e seguidores do deus Buruku durante um afahye


Onyamedua (Alter to Supreme Being)

Onyame Dua (Deus Bastão)

A pedra


A pedra

Embora esta lenda tão conhecida não possua qualquer prova, também tive a oportunidade de lê-la numa parte do diário de um Comissário do Distrito no Public Records Office ('arquivo público britânico') em Londres. Quando os ingleses estavam construindo uma nova estrada até o norte de Axanti, eles contrataram um engenheiro escocês para implementar o projeto. Porém, ao achar esta pedra no caminho da estrada planejada, ele ordenou que fosse removida. "Você não pode fazer isso", disseram os trabalhadores, "ela é um deus". Embora a tenham removido, encontraram-na em seu lugar original ao voltarem no dia seguinte. Então, o engenheiro ordenou que ela fosse removida em um caminhão para quilômetros de distância dali. Mas na manhã seguinte, a pedra estava de novo no mesmo lugar. E, mais uma vez, o engenheiro ordenou que ela fosse colocada num caminhão e, dessa vez, levada para bem longe. Mas, novamente, no dia seguinte a pedra estava lá. Foi, então, que o engenheiro desenhou uma nova rota que contornasse a pedra.

Comida para os Deuses

Uma vez por ano, os primeiros inhames colhidos devem ser abençoados. Ninguém pode comer novos inhames até o término deste processo. As sacerdotisas preparam o eto — uma mistura de inhames amassados, dendê e ovos; geralmente dado como alimento à pessoas adoecidas e àquelas que não possuem mais dentes. O eto é considerado o alimento preferido dos deuses. A sacerdotisa chefe colocará, então, um pouco da mistura na entrada de todas as casas designadas como casas de tamboretes (locais onde ficam os maiores clã matriarcais na cidade).

        

     

Preparação do Eto

A palavra odwira (ritual anual de purificação ou batismo) parece derivar da palavra guare (limpeza).

Asuboni

Asuboni (asu = água; boni = mal, perverso) é um pequeno rio que começa no norte da cidade de Obo, segue em direção ao noroeste e cruza as estradas entre Mpraeso e Nkwatia para desembocar no rio Afram (Lagoa Volta). O כ komfo usa um avental similar à dos Guan do Norte, como fazem muitos outros deuses (veja Nana Duru, Tano Akomfo). Os aventais são populares entre os deuses antigos, mas não entre aqueles mais antigos que usavam saias de ráfia.

      

      

      


Al Bartle Visitas e danças com uma Asuboni Komfo

Chocalhos feitos da fruta calabash são usados como instrumentos de percussão.

Arquivos do conjunto Religião:

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 Lemas e provérbios: Seguir o caminho de menos resistência
faz todos os rios e alguns homens curvarem-se.

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