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Estudos sobre os Akan da África Ocidental

Comunidade, sociedade, história e cultura; Especialmente centrados nos Kwawu

por Phil Bartle, PhD

traduzido por Eduardo Félix


Obo akyeame at an adae kese

Dedicado à memória do Kontihene do obô, Nana Noah Adofo.



                           

Estudos sobre os kwawu

Aproveito este espaço do site para unir e divulgar vários dos meus artigos sobre a cultura e a estrutura social kwawu, assim como alguns slides, mapas e outros documentos. Farei aqui um resumo sobre tudo o que é abordado.

O papel feito do dendezeiro é muito leve. Fotografias desse tipo de palmeira encontra-se em uma coleção de slides que criei durante os anos 1970s quando eu fazia doutorado na Universidade de Gana, em Legon na África. Então, selecionei alguns destes slides e melhorei-os usando tecnologia de edição digital. Uso-os aqui para demonstrar que o óleo extraído dessa árvore (o dendê), assim como o cedro para a costa oeste das Primeiras Nações, tem muitas utilidades. E muitas destas podem ser usadas para ilustrar a diferença entre os trabalhos do homem e os da mulher. No entanto, por serem muitos slides, a página ficou lenta demais para carregar, portanto dividi-os em:

O Apoma Negro tem uma explicação mais técnica, porém curta. Lembro-me que enquanto fazia meu doutorado, os anciões da vila de Obo me ensinaram muitas de suas habilidades tradicionais, tais como assoprar berrantes, e libações (rezas). Um dia, logo pela manhã, o lingüista chefe chamou-me à sua casa, onde se realizava uma celebração Akwasidae, diante do assento do ancestral negro sagrado utilizado em rituais. Fui testemunha de uma coisa a qual nunca ouvira falar antes, nem mesmo lido em qualquer livro de literatura clássica axânti. Uma libação ao seu sagrado ancestral apoma negro ─ bastão do lingüista (lingüista aqui é na verdade mais um porta-voz, um intérprete, um conselheiro). Nesta página, descrevo o ritual e um pouco sobre estes "lingüistas" e sua "equipe".

O documento sobre "barro/argila" é curto e faz parte dos primeiros slides que escaneei. O trabalho com argila (cerâmica) era tradicionalmente feito pelas mulheres.

A página "Correspondência" é composta de excertos de e-mails trocados entre mim e dois oficiais da Refugee Board do Canadá (organização que lida com refugiados em solo canadense). Eles me usaram como um "expert" nas investigações de possíveis esconderijos de imigrantes, alegando que tal perseguição é baseada em práticas tradicionais e culturais em Gana, as quais não tinham conhecimento. Meu intuito ao publicar estas mensagens é mostrar, especialmente para meus estudantes, a gama de variedade do uso na qual se pode aplicar a sociologia e a antropologia. (Sou Ph.D. em Sociologia, mas por ter me formado em uma universidade africana, meio que numa sociedade "não-ocidental", muitos tem dificuldade em diferenciar a Sociologia da Antropologia. Meu argumento é que as diferenças são de cunho histórico, e não baseadas em distinções lógicas e racionais seguindo por métodos ou pela ciência).

A parte sobre Ginocracia Secreta (poder escondidos das mulheres ) é mais técnica. Ela foi criada pelo Ghana National Council of Women and Development (conselho nacional do Gana para mulheres e desenvolvimento). Onde muitos estudos superficiais demonstram o contraste entre a existência de famílias nucleares nos centros urbanos e os assentamentos matrilineares em áreas rurais (implicando uma mudança social maior do que a realidade em si), além das diversas suposições de que a ocidentalização e modernização trazem certo aumento para o status da mulher na sociedade, no entanto minha pesquisa de doutorado mostra o contrário. A matrilinearidade confere à mulher, independência, poder, prestígio e riquezas, situação essa que não se encontra em sociedades européias ou em outras com parentesco bilateral. E missionários tem trabalhado duro por um século e meio para trazer mais subserviência e dependência das mulheres enquanto elas tentam se modernizar.

O Resumo sobre Comunidade Dispersa é uma síntese de duas páginas da minha tese de doutorado (mais de 500 páginas) para a Universidade de Gana. Espero poder publicar aqui vários excertos desse meu trabalho. Mas isso pode levar alguns anos, pois preciso escanear os textos e depois editá-los para poderem ficar online.

Quarenta Dias é a cópia de uma pequena nota sobre o calendário akan. É, também, a evidência de um calendário no qual a semana tinha seis dias, usado pelos guans ─ um povo que viveu onde se encontram os akans hoje em dia ─, junto com outro sete dias (aparentemente vindo do outro lado do deserto do Saara) para formar um ciclo de 42 dias, adaduanan. Esta nota foi publicada primeiramente na África (nome do jornal do Instituto Internacional da África). Também é explicado uso dos nomes dados à almas, tais como Kwame, Kofi, Afua etc.

Em Gênero há diversos ensaios ilustrados sobre diferentes tipos de trabalhos e os papéis de homens e mulheres possuem neles.

O espírito em nós é a parte introdutória de uma ilustração divididas em várias partes da tradicional religião akan, conhecida e praticada pelos kwawus. As partes seguintes são: (1) os deuses; e (2) os ancestrais. Todos estes textos juntos formam uma fácil descrição sobre crenças e práticas, acompanhadas por slides feitos durante a pesquisa para a minha tese de doutorado (1971-79).

Três almas é um texto copiado do Jornal de Religião Africana, sendo talvez o documento mais acadêmico e sofisticado neste site. No entanto, é uma leitura longa e demorada, pois ele é bastante extenso. Há algumas cautelosas descrições da teologia e da cosmografia de religiões africanas pré-cristãs. Espero que este documento preencha parte dessas lacunas, ao menos pelo lado dos akans.

Obras é uma breve lista de temas sobre os quais escrevi, pelo menos aqueles que me lembro, pois estou ficando velho e esquecido. Além disso, passe mais de vinte anos longe da vida acadêmica fazendo trabalho de assistência na África e na Ásia. E, agora, desde o final de 2003, estou voltando a esse mundo docente. Aproveito, então, essa oportunidade para reunir meus trabalhos aqui, em um único lugar. Além do mais, já esbocei dois novos documentos que colocarei online quando eu os concluir. Meu sonho, portanto, é que, quando completo, todos estes documentos juntos sejam uma etnografia dos kwawu.

O Método auditivo foi o que desenvolvi e usei para aprender a falar akan.

Links: uma pequena lista de referências para sites que possuem informações sobre a sociedade akan e sua história.

Por que Obo? É um breve texto pessoal não acadêmico do porquê e como escolhi a comunidade Obo para ser a base de minha pesquisa de doutorado. Espero que seja interessante.

Pequenas curiosidades. Observações diversas.


                           

Uma breve nota sobre ortografia

Você verá dois tipos de ortografia, kwawu e kwahu. Eu uso a primeira forma, porém meu grande amigo Sjaak van der Geest http://www.sjaakvandergeest.nl/ usa a segunda. Ambos estamos certos. A data de nossas pesquisas praticamente se coincide, por volta da década de 1970, onde estudamos o mesmo oman. Sjaak permaneceu na vida acadêmica, e agora é diretor do curso de Antropologia na Universidade de Amsterdã. No entanto, eu deixei esse tipo de vida por alguns anos para fazer trabalhos humanitários.

Os missionários suíços (da Basiléia) iniciaram o processo de passar para a escrita a até então apenas oral língua akan no início do século XIX. Seus estabelecimentos eram em Akwapem, na fria escarpa acima da recente cidade de Acra, capital de Gana.

Nas tradições orais do kwawu, o clã Bretuo (Twidan), hoje a realeza do כman (Estado Akan) de Kwawu, vagava à procura de um lugar para se estabelecerem. Uma antiga profecia os dizia que tal lugar seria onde um escravo havia morrido. Estando certos de que um escravo morreu quando este havia sido mandado para explorar as áreas aos redores de Abene e Abetifi, eles nomearam o novo local (para eles) de "Escravo Morreu" ou Akwa Wuo. Nome este apenas oral.

Numa tentativa de reproduzir este som, os suíços o chamaram de Kwah U, tornando-se, portanto, Kwahu. Quando Gana tornou-se independente em 1957, o então novo Governo deixou o Centro de Estudos Africanos da Universidade de Gana, encarregado da padronização da ortografia de nomes tradicionais e históricos. Então, ficou decidido que o termo usado seria Kwawu, usado posteriormente no censo de 1960.

O termo ashanti, que antigamente tinha uma ortografia ao mesmo tempo estranha e maravilhosa, tal como achante e achantis, virou axânti, já que "sh", "ch" e "x" possuem o mesmo som.

A pequena capital da região de Akim Abuakwa, Gana, foi chamada de Kyibi pelos suíços, os quais inventaram diversos dígrafos como o "tw", não encontrados em outros idiomas europeus. O dígrafo "ky" é um som mais ou menos entre o do "k" e do "tch" (Assim como em inglês o "th", derivado de uma única letra nórdica, não é pronunciado como letras separadas, "t" e "h"). No entanto, os britânicos não entenderam que "k" e "y" juntos formavam um dígrafo, e que acharam o "y" antes "i" era redundante e removeram-no. Então, o tolerante povo akan de Akim Abuakwa mudou sua pronúncia original indígena de Kyibi para Kibi, nome atual da capital.

Escreva como desejar, kwawu ou kwahu, pois saberemos o que quer dizer.

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Última actualização: 2013.08.21

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