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SENTIDO DE PROPRIEDADE POR PARTE DA COMUNIDADEde Ben Flemingeditado por Phil Bartle, PhDtraduzido por Sofia Ferreira FernandesEu gostaria de debater o conceito de propriedade, propriedade da comunidade para ser mais preciso, e o nosso papel no desenvolvimento deste conceito de propriedade no trabalho que realizamos. Refiro-me a benefícios a longo prazo em troca de esforços a curto prazo da sua parte; ao reconhecer os pontes fortes internos das comunidades, facilitando assim o desenvolvimento da auto-estima da comunidade, e a ajuda a indivíduos que acreditam em si mesmos quando pensam que não possuem nada para oferecer. Também mencionarei alguns pequenos obstáculos, mas tenho a certeza que existirão muitos mais. As mentes e ideias das pessoas são o maior recurso que uma comunidade possui. Somos peritos, fizemos isto antes, mas o verdadeiro conhecimento é uma combinação de dois factores: 1) consciencialização dos processos de desenvolvimento de uma comunidade, como referido neste website 2) compreensão do contexto do ambiente no qual está a trabalhar; ou seja, cada cidade, cada aldeia é diferente, não apenas pela sua geografia mas também pelas pessoas que aí vivem. Eu apenas posso sugerir que se observem e examinem os recursos humanos de cada lugar em que trabalhe; tanto com as pessoas que estão dispostas a fazer parte do projecto como com as que não o estão. Porquê é preciso considerar os que não estão interessados? Porque é na sua mente que estão as verdadeiras questões da comunidade. Procure a fonte verdadeira dos problemas, e ajude aqueles que mais ignoram a sua presença, e encontrará os elementos chave para o desenvolvimento efectivo e sustentável e, possivelmente, os verdadeiros líderes no empoderamento da comunidade. Tal como o rebanho só pode viajar tão lentamente como a última ovelha, uma comunidade apenas pode crescer na proporção dos seus membros mais indiferentes. Então como se pode encorajar um empoderamento holístico da comunidade? De seguida aprensentam-se algumas sugestões:
Tornar a comunidade responsável pelos seus êxitos e fracassos. Eu estive envolvido em projectos, tal como você também deve ter estado, nos quais os meus colegas e alguns trabalhadores locais acreditavam que existia sabotagem a algum nível. Na realidade quem é que perde com isso? A comunidade conhece os verdadeiros efeitos das suas acções? Ajudar a comunidade a aperceber-se que precisa de se responsabilizar pelas suas próprias acções. Se a comunidade prejudica o seu trabalho, então será a comunidade a que terá de se esforçar para ultrapassar as consequências negativas. Eu escolho ajudar, mas é a comunidade que tem de ver o processo como se fosse seu e aceitar quaisquer desafios internos na identificação e solução dos problemas que eu estou encarregue de ajudar a solucionar. Este desafios podem estar relacionados com diversos aspectos, como por exemplo com o conhecimento dos sistemas governativos, aumento da auto-estima da comunidade ou acreditar em si mesmos, ou ainda numa pequena orientação ou fornecer os contactos adequados. Definitivamente, não se podem arrastar os membros da comunidade no processo, mas devem ser eles a conduzi-lo, devem sentir-se os proprietários do seu próprio empoderamento de modo a poderem provocar as mudanças. ––»«––© Direitos de autor 1967, 1987, 2007 Phil Bartle
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