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 Avaliação participativa





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A PARTICIPAÇÃO É A CHAVE PARA O EMPODERAMENTO

por Benjamin Fleming

traducido por Eliane Garcez


Nem sempre a participação leva ao empoderamento. É necessário que haja um ambiente que alimente as aspirações e conhecimentos das pessoas para que se chegue, no final, ao empoderamento. Algumas formas de se conseguir isso são:

  • Não subestime as pessoas; dê a elas as ferramentas para lidar com a complexidade em vez de poupá-las de lidar com ela
  • Divida os temas em vários sub temas
  • Inicie com os assuntos e preocupações que são relevantes para as pessoas
  • A princípio, não imponha suas próprias idéias e soluções
  • Ajude as pessoas a ampliar a percepção das escolhas disponíveis e a entender as implicações de cada opção
  • Se baseieem experiências anteriores bem sucedidas, para desenvolver a confiança dos participantes
  • Crie um escalonamento para os conhecimentos, confiança e envolvimento com o processo: ofereça uma serie progressiva de níveis de envolvimento e ajude as pessoas a escalá-los
  • O treinamento direto dos participantes para o empoderamento pode não ser bem recebido - talvez seja melhor desenvolver as aptidões de forma orgânica, como parte do processo
  • Sempre que possível, evite soluções completamente irreversíveis. Implante um processo interativo de aprendizagem, com projetos e experiências pequenas, rápidas e reversíveis
  • Reveja e amplie continuamente o número dos participantes. Como integrar ao processo novos grupos interessados em participar?
  • Ajude as pessoas a entender os processos decisórios complexos e distantes, que são externos aos poderes delegados no processo participativo, mas que afetam os seus resultados
  • Alimente novas relações e alianças
  • Os planos devem ter sentido e conduzir a ação
  • Faça a ligação entre a habilidade privada dos vários grupos de interesse para cumprir suas obrigações e a responsabilidade e controle públicos da implementação
  • Crie oportunidades para reflexão e avaliação
  • Assegure-se que as pessoas se divirtam! (de O Guia para Participação Efetiva de David Wilcox)

Dez idéias importantes sobre Participação

1. Nível de participação

Sherry Arnstein (1969) descreveu uma escala de participação com oito níveis. Resumidamente, são os seguintes: 1) Manipulação e 2) Terapia. Não são participativos. O objetivo é tratar e educar as pessoas. O plano proposto é o melhor e o trabalho de participação é para conseguir apoio público através de relações públicas. 3) Informação. O primeiro e mais importante passo para legitimar a participação. Mas, frequentemente, é uma via de mão única no fluxo de informações, sem canal de resposta. 4) Consulta. Pesquisas de comportamento, encontros comunitários e enquetes públicas. Um ritual de escapatórias. 5) Pacificação. Cooptação de "notáveis" escolhidos para comitês. 6) Parceria. Redistribuição do poder através de negociações entre os cidadãos e os controladores do poder. As responsabilidades pelo planejamento e a tomada de decisões são compartilhadas. 7) Delegação de autoridade. Os cidadãos tem a maioria dos assentos nos comitês com delegação de poderes para tomar decisões. O povo tem o poder de garantir para ele a responsabilidade pelos programas . 8) Controle pelos cidadãos. Ninguém detém a integral responsabilidade pelo planejamento, definição das políticas e gerenciamento do programa.

2. Início e processo

A participação não acontece de forma espontânea, ela é iniciada. Alguém gerencia o processo por algum tempo e permite que outros envolvidos exerçam um certo controle sobre o que acontece. O processo pode ser descrito em quatro fases: Iniciação- Preparação-Participação- Continuação.

3. Controle

O iniciador tem uma posição privilegiada para definir o nível de controle de cada participante. Essa decisão equivale a escolher um degrau na escala de participação - ou adotar uma posição sujeita ao nível de participação.

4. Poder e propósito

Entender a participação implica em entender o poder: a capacidade dos diferentes interesses para conseguir o que querem. O poder vai depender de quem tem informação e dinheiro. Depende também da experiência e auto confiança das pessoas. Muitas organizações não querem a participação das pessoas porque elas tem medo de perder o controle. Entretanto, há muitas situações em que o trabalho conjunto permite obter melhores resultados que individualmente. Esses são os benefícios da participação.

5. O papel do facilitador

Os facilitadores tem o controle de muito do que está acontecendo. É importante que eles reflitam constantemente sobre o papel que estão desempenhando.

6. Os interessados e a comunidade

O interessado é qualquer um que tenha participação no que está acontecendo. Quem vai ser afetado por algum projeto, quem controla as informações, as habilidades e o dinheiro necessários, quem vai ajudar, quem vai criar dificuldades? Todos os envolvidos não tem a mesma condição de opinar. Use a escala para definir quem tem mais influência.

Os membros da comunidade que vão participar variam em função do projeto, pois as pessoas tem interesses diferentes.

7. Parceria

É útil quando vários interesses diferentes se unem de maneira formal ou informal para conseguir um objetivo comum. Os parceiros não precisam ter os mesmos conhecimentos, recursos ou mesmo auto confiança , mas eles tem que confiar uns nos outros e ter o mesmo compromisso. Criar confiança e compromisso leva tempo.

8. Compromisso

O compromisso é o contrario da apatia. Pessoas comprometidas querem conseguir alguma coisa, pessoas apáticas não. Mas o que leva ao compromisso? Com certeza não é dizendo para as pessoas "Você tem que se preocupar" nem convida-las para eventos públicos ou bombardea-las com panfletos polidos. As pessoas se preocupam com o que lhes interessa e se comprometem quando sentem que podem obter alguma coisa. A propaganda não consegue isso. Se as pessoas estão apáticas em relação as suas propostas, pode ser simplesmente que elas não tem os mesmos interesses e preocupações que você.

9. Propriedade das idéias

As pessoas são mais propensas a se comprometer em fazer alguma coisa se elas tem interesse na idéia ou se elas puderem dizer "Nós tivemos essa idéia" . Na prática isso significa organizar sessões de trocas de idéias, ajudar as pessoas a pensar sobre o aspecto prático dessas idéias e negociar com outros um resultado que seja aceitável pelo maior numero possível de pessoas. A apatia é diretamente proporcional a participação que as pessoas tem nas idéias e resultados.

10. Confiança e capacidade

Por as idéias em pratica depende da capacidade e da confiança das pessoas. Muitos processos participativos implicam em mudanças de hábitos. É irreal esperar que indivíduos ou pequenos grupos subitamente desenvolvam a capacidade de tomar decisões complexas e de se envolver em projetos maiores. Eles precisam de treinamento ou a oportunidade de aprender de maneira formal ou informal a desenvolver a auto confiança e a acreditar uns nos outros.

Extraído do " Guia para participação efetiva" de David Wilcox. http://www.partnerships.org.uk/guide/index.htm

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Última actualização: 02.12.2011

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