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GESTÃO PARTICIPATIVA E ATITUDE POSITIVAComo corrigir erros que se cometempor Phil Bartle, PhDtraduzido por Ana FigueiredoDedicado a Gert LüdekingFolheto de formaçãoCriticar alguém que comete um erro é uma reacção normal. No entanto, tal contribui apenas para o agravamento do problema ao invés de ajudar na sua resolução.Uma abordagem positiva de resolução de um problema é mais produtiva e eficaz para a organização do que uma atitude negativa. O mesmo se aplica na capacitação comunitária. Os problemas existem. É um facto vital. Cometer erros é uma característica humana. Todos nós cometemos erros. Alguns professores de religião dizem que só Deus (ou qualquer nome que designe um poder superior) é perfeito; errar é humano. Isso significa que nós, como gestores, devemos ter em conta que as pessoas cometem erros. Este é um facto da vida que temos de aceitar. É a forma como respondemos ou reagimos a estes erros que determina uma boa ou uma má gestão. Se ficamos aborrecidos e reclamamos ou criticamos a pessoa ou o grupo que comete um erro, nós não estamos a corrigi-lo. Estamos, pelo contrário, a piorar o problema. Uma abordagem positiva contribui para a solução do problema. Reconheçamos que se cometeu um erro, mas enfatizemos a contribuição positiva daqueles que o cometeram. Assim, estaremos a cimentar a força, a auto-estima e a confiança dos nossos funcionários ou dos membros da comunidade. Lembre-se que um gestor possui apenas um recurso: as pessoas; torná-las mais fortes. Estas pessoas não serão tão leais, entusiastas, motivadas ou prestáveis se sentirem que estão a ser criticadas, que as suas qualidades não estão a ser reconhecidas, ou se pensarem que são inúteis. Elas não são estúpidas; sabem que cometeram um erro. Se sentirem que, apesar dos erros, têm o apoio do seu líder, vão esforçar-se mais. Este é um conhecido princípio de uma boa gestão. Como podemos incorporar este princípio na nossa tentativa de melhorar a gestão participativa? A gestão é um processo de resolução de problemas. Se não existissem problemas então não seria necessário gerir. É importante instigar em todos os envolvidos (e não apenas no "chefe" ou no comité executivo) a sua responsabilidade na sugestão de soluções para problemas inevitáveis. Tanto a formação em gestão comunitária como em gestão de organizações deve incluir no seu programa o encorajar desta atitude. Uma técnica que pode ser ensinada é a da manipulação de palavras, que pode ser usada para ver qualquer problema sob uma perspectiva diferente. Uma forma, por exemplo, é escrever o problema numa folha de papel ou num quadro em frente aos participantes. Depois risque a palavra "problema" e substitua-la por "oportunidade". É uma dica simples, mas que pode levar a resultados surpreendentes. A maioria dos activistas e animadores conhecem o valor de uma boa história, metáfora, parábola ou anedota. Segue um bom exemplo. A Madre Teresa de Calcutá era conhecida pela sua constante atitude positiva. Um repórter disse-lhe um dia que ela actuava como se não tivesse nenhum problema; perguntou-lhe como fazia ela isso? "Oh, eu não tenho problemas." respondeu Madre Teresa, "Mas quando aparecem, eu simplesmente dou-lhes outro nome. Chamo-lhes dádivas" disse ela. Assegure-se de que a pessoa que comete o erro participa no processo de tomada de decisões com vista a corrigi-lo; evitando um sentimento de culpa nesta pessoa. Se como gestores vamos partilhar a gestão de uma organização ou de uma comunidade com os funcionários ou membros, então devemos ensinar-lhes alguns dos princípios básicos de gestão. Enquanto o primeiro princípio está dividido em quatro questões chaves, o princípio da abordagem positiva, sobretudo no que respeita a erros, está entre os princípios fundamentais a instigar nos formandos. ––»«––© Direitos de autor 1967, 1987, 2007 Phil Bartle
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